AtraenteFonte: www.geocities.com e www.samba-choro.com.br
Casa de caboclo (Em parceria com Luiz Peixoto)
Faceiro
Falena
Gaúcho (Corta-jaca)
Lua branca
Ó abre alas
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
78 anos de morte de Chiquinha Gonzaga
Francisca Edwiges Neves Gonzaga, compositora, pianista e regente, nasceu
no Rio de Janeiro a 17 de outubro de 1847 e morreu na mesma cidade em 28 de
fevereiro de 1935.
Aos 11 anos compôs a
sua primeira música. Casou-se aos 16 anos (5/11/1863), com Jacinto Ribeiro do Amaral (oficial da Marinha
mercante). Abandona-o por ser intransigente e não
admitir que Chiquinha cultivasse a música, que tanto amava, no piano
que levara no dote. Por fim, impõe-lhe um dilema: ele ou a música!
Chiquinha não tem dúvidas: "Pois, senhor meu marido, eu
não entendo a vida sem harmonia!"
Com três filhos, e levando consigo o filho mais velho (João Gualberto), passou
a viver com o engenheiro de estradas de ferro João Baptista de Carvalho, com quem também teve uma filha. Chiquinha, cansada do seu comportamento
mulherengo, logo o deixa, sendo a gota d'água o episódio em
que o surpreende com outra. Apesar dos pesares, João Baptista foi o
grande amor de sua vida.
Famosa e comentada, alvo da maledicência e de preconceitos, teve ativa
participação nos movimentos que empolgam a época, como
a revolta, em 1880, contra o imposto do vintém nas passagens dos bondes,
a abolição da escravatura, finalmente alcançada em 1888,
e a implantação da República no ano seguinte.
Sua obra reúne composições nos mais variados gêneros:
valsas, polcas, tangos, maxixes, lundus, fados, serenatas, músicas
sacras, entre outras. Em 1998 a cantora Olívia Hime reúne músicas esquecidas
da compositora, convida conceituados poetas para lhes fazer letra e grava
um CD pelo selo Quarup.
domingo, 3 de fevereiro de 2013
O Arquiteto e o Imperador da Assíria - Parte 1
O Alex e o Hérlon, partiram para um novo e grande desafio que, na verdade, é um sonho antigo: montar o espetáculo "O Arquiteto e o Imperador da Assíria", do renomado dramaturgo "Fernando Arrabal". Toda produção de Fernando Arrabal, seja na literatura ou no cinema, é encantadora, desafiante e implacável. Colocando-nos diante de um espelho, ela esfacela todas as máscaras sociais, revelando as múltiplas faces da moral humana.
Tudo começou em 2005, quando o Alex conheceu a peça arrabalesca em Campinas, logo após o término de sua formação profissional em teatro no Conservatório Carlos Gomes e comprou o texto pertencente à coleção Teatro Vivo da Editora Abril.
Em fevereiro de 2007, ele entrou em contato por e-mail com o autor para tratar dos direitos autorais para um grupo de atores campineiros que estavam interessados na montagem nesse mesmo ano. Fernando Arrabal, muito cordial, respondeu o seguinte: "Qué alegría querido desconocido. Cuenta con mi autorización. Amplexus arrabal de París".
Em fevereiro de 2007, ele entrou em contato por e-mail com o autor para tratar dos direitos autorais para um grupo de atores campineiros que estavam interessados na montagem nesse mesmo ano. Fernando Arrabal, muito cordial, respondeu o seguinte: "Qué alegría querido desconocido. Cuenta con mi autorización. Amplexus arrabal de París".
Outros projetos surgiram e a almejada produção teatral foi adiada por mais de três anos.
No ano de 2010 uma nova oportunidade surge quando Alex empresta seu livro ao Hérlon alguns meses após a criação da Companhia Medindo Palavras. Igualmente encantado com o texto, ele concorda em montá-lo.
Os dois, então, estabelecem condições importantes, sem as quais o resultado seria um desastre: seria preciso dedicar bastante tempo para ensaios, utilizar-se de pesquisa filmográfica, bibliográfica e corporal.
Fernando Arrabal |
O sobrevivente, herdeiro de um mundo hierárquico - o mundo dos civilizados -, (...) fez-se imperador e nomeou como seu absurdo arquiteto o homem primitivo. Nos dois anos que se seguiram ao acidente, o imperador ensinou o selvagem a falar e incansavelmente tenta ainda fazer com que seu aluno assimile os valores de sua cultura.
Em seu refúgio numa antiguidade hipotética, o homem civilizado não conseguiu banir seus fantasmas e, apesar dos seus esforços que faz para esquecer o passado, ele vem à luz a todo instante, trazido do fundo de sua memória e de seu inconsciente. Ao se fazer supremo mandatário de uma nação impossível, constatou que seu único súdito e servidor goza de mais vantagens do que ele, pois não tem passado, nem memória - e, principalmente, não tem mãe." (ARRABAL, Fernando. Trecho do texto introdutório "À procura da metamorfose" em "O Arquiteto e o Imperador da Assíria", Ed. Abril Cultural S.A., São Paulo, 1976, p.XX.)
Assinar:
Postagens (Atom)