LEVAMOS O TEATRO À ESCOLA E AONDE VOCÊ QUISER

Medindo Palavras é uma companhia formada pelos atores Alexander Kleine e Hérlon Höltz, que escrevem textos infantis e os transformam em livros e espetáculos de teatro.



Com suas histórias, os atores pretendem sensibilizar as crianças em favor do meio ambiente, das boas maneiras, das atitudes cordiais, da solidariedade e do respeito às diferenças.



Explorando a fantasia infantil, a maioria dessas narrativas tem as crianças como personagens principais que descobrem soluções para variadas situações, envolvendo comportamento social e meio ambiente.



Muitos dos objetos de cena e itens que compõem os figurinos são confeccionados com material reciclável e os espetáculos acontecem de forma interativa com o público.



Estes são os espetáculos com os quais a Companhia está trabalhando:


"Toninho e o Lixão"


Conta a história de Toninho e Nara, que, por amor, decidem aceitar a proposta de um rei e recuperar um terreno abarrotado de lixo para poderem se casar.



"O Conflito de Pedrinho Ilha"


Pedrinho vive isolado em seu quarto com todos os brinquedos do mundo, mas nunca ganhou um abraço. Mas uma valiosa amizade muda completamente sua forma de ver o mundo!


"A Revolução das Canetas"


O Planeta Tinta Azul tem uma população intelectualmente avançada, pois seus habitantes, os Mãos de Canetas, vivem inseridos numa atmosfera plena de conhecimento . Porém, essa sociedade é infectada pela gripe da ignorância, acarretando graves consequências de estagnação.


EM BREVE!


"As Árvores são fáceis de achar"
"Trânsito dos Metais"


Outra proposta da Companhia é transformar o texto dos espetáculos em livros ilustrados por crianças.

Após o final da apresentação, elas recebem a versão do livrinho sem as ilustrações para que possam fazer o desenho da história e se tornarem co-autoras do seu volume.


Ficou interessado? Escreva para nós! companhiamedindopalavras@yahoo.com.br





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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

78 anos de morte de Chiquinha Gonzaga


http://userserve-ak.last.fm/serve/_/79850535/Chiquinha+Gonzaga+chiquinhagonzagapng.pngFrancisca Edwiges Neves Gonzaga, compositora, pianista e regente, nasceu no Rio de Janeiro a 17 de outubro de 1847 e morreu na mesma cidade em 28 de fevereiro de 1935.

Aos 11 anos compôs a sua primeira música. Casou-se aos 16 anos (5/11/1863), com Jacinto Ribeiro do Amaral (oficial da Marinha mercante). Abandona-o por ser intransigente e não admitir que Chiquinha cultivasse a música, que tanto amava, no piano que levara no dote. Por fim, impõe-lhe um dilema: ele ou a música! Chiquinha não tem dúvidas: "Pois, senhor meu marido, eu não entendo a vida sem harmonia!"

Com três filhos, e levando consigo o filho mais velho (João Gualberto), passou a viver com o engenheiro de estradas de ferro João Baptista de Carvalho, com quem também teve uma filha. Chiquinha, cansada do seu comportamento mulherengo, logo o deixa, sendo a gota d'água o episódio em que o surpreende com outra. Apesar dos pesares, João Baptista foi o grande amor de sua vida.

Enfrentando todos os preconceitos de seu tempo, Chiquinha foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Lecionava piano para poder sustentar seus filhos. Musicou aproximadamente 77 peças de teatro.
 
Famosa e comentada, alvo da maledicência e de preconceitos, teve ativa participação nos movimentos que empolgam a época, como a revolta, em 1880, contra o imposto do vintém nas passagens dos bondes, a abolição da escravatura, finalmente alcançada em 1888, e a implantação da República no ano seguinte.

Sua obra reúne composições nos mais variados gêneros: valsas, polcas, tangos, maxixes, lundus, fados, serenatas, músicas sacras, entre outras. Em 1998 a cantora Olívia Hime reúne músicas esquecidas da compositora, convida conceituados poetas para lhes fazer letra e grava um CD pelo selo Quarup.

Principais obras
Atraente
Casa de caboclo (Em parceria com Luiz Peixoto)
Faceiro
Falena
Gaúcho (Corta-jaca)
Lua branca
Ó abre alas
Fonte: www.geocities.com e www.samba-choro.com.br

domingo, 3 de fevereiro de 2013

O Arquiteto e o Imperador da Assíria - Parte 1


O Alex e o Hérlon, partiram para um novo e grande desafio que, na verdade, é um sonho antigo: montar o espetáculo "O Arquiteto e o Imperador da Assíria", do renomado dramaturgo "Fernando Arrabal". Toda produção de Fernando Arrabal, seja na literatura ou no cinema, é encantadora, desafiante e implacável. Colocando-nos diante de um espelho, ela esfacela todas as máscaras sociais, revelando as múltiplas faces da moral humana.

Tudo começou em 2005, quando o Alex conheceu a peça arrabalesca em Campinas, logo após o término de sua formação profissional em teatro no Conservatório Carlos Gomes e comprou o texto  pertencente à coleção Teatro Vivo da Editora Abril. 

Em fevereiro de 2007, ele entrou em contato por e-mail com o autor para tratar dos direitos autorais para um grupo de atores campineiros que estavam interessados na montagem nesse mesmo ano. Fernando Arrabal, muito cordial, respondeu o seguinte: "Qué alegría querido desconocido. Cuenta con mi autorización. Amplexus arrabal de París". 

Outros projetos surgiram e a almejada produção teatral foi adiada por mais de três anos.

No ano de 2010  uma nova oportunidade surge quando Alex empresta seu livro ao Hérlon alguns meses após a criação da Companhia Medindo Palavras. Igualmente encantado com o texto, ele concorda em  montá-lo.

Os dois, então, estabelecem condições importantes, sem as quais o resultado seria um desastre: seria preciso dedicar bastante tempo para ensaios, utilizar-se de pesquisa filmográfica, bibliográfica e corporal.

Fernando Arrabal
"O cenário de "O Arquiteto e o Imperador da Assíria" é uma ilha deserta. As personagens, dois homens. Um, civilizado, único sobrevivente de um desastre aéreo. O outro, um primitivo. A peça inicia-se precisamente com um quadro rápido: o encontro do civilizado com o assustado homem primitivo. A luz se apaga e quando o palco volta a se iluminar, dois anos decorreram. Agora, eles são o arquiteto e o imperador da Assíria.

O sobrevivente, herdeiro de um mundo hierárquico - o mundo dos civilizados -, (...) fez-se imperador e nomeou como seu absurdo arquiteto o homem primitivo. Nos dois anos que se seguiram ao acidente, o imperador ensinou o selvagem a falar e incansavelmente tenta ainda fazer com que seu aluno assimile os valores de sua cultura.

Em seu refúgio numa antiguidade hipotética, o homem civilizado não conseguiu banir seus fantasmas e, apesar dos seus esforços que faz para esquecer o passado, ele vem à luz a todo instante, trazido do fundo de sua memória e de seu inconsciente. Ao se fazer supremo mandatário de uma nação impossível, constatou que seu único súdito e servidor goza de mais vantagens do que ele, pois não tem passado, nem memória - e, principalmente, não tem mãe." (ARRABAL, Fernando. Trecho do texto introdutório "À procura da metamorfose" em "O Arquiteto e o Imperador da Assíria", Ed. Abril Cultural S.A., São Paulo, 1976, p.XX.)